O médico Leandro Boldrini foi absolvido, por unanimidade, no processo disciplinar junto ao Cremers (Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul). O julgamento ocorreu na quarta-feira (29), em Porto Alegre. A apuração interna da entidade concluiu que Leandro não cometeu nenhuma infração prevista no Código de Ética Médica.
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Em relação à morte de Bernardo, a entidade analisou se Boldrini teria usado conhecimentos médicos para a prática do crime, além de circunstâncias em que uma receita assinada por ele acabou sendo usada para compra do medicamento Midazolam, o que não restou provado.
Embora se trate de apuração sigilosa da entidade, as informações foram obtidas pelo site Observador Regional, e confirmaram a realização e o resultado do julgamento.
Sobre a absolvição, os advogados Ezequiel Vetoretti e Rodrigo Grecellé Vares que defendem Leandro Boldrini se manifestaram dizendo que a defesa esperava a muito tempo por esse julgamento, e que tinham plena confiança na absolvição do médico, porém, não podem passar detalhes do julgamento, porque o processo junto ao Cremers tramita sob sigilo.
Segundo o Tribunal de Justiça do Estado (TJ), em 26 de outubro, a 3ª Câmara Criminal do TJRS decidiu, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso (agravo em execução) interposto pelo Ministério Público contra decisão que determinou a progressão para o semiaberto, com prisão domiciliar por monitoramento eletrônico. Na decisão, a 3ª Câmara Criminal manteve o preso no regime semiaberto, no entanto determinou o recolhimento dele em casa prisional de regime semiaberto e retirada da tornozeleira. Leandro Boldrini foi apresentado espontaneamente no Presídio Regional de Santa Maria, onde cumpre a pena desde o dia 7 de novembro. Na sexta-feira (10), ele teve autorização judicial para ir ao Centro de Formação de Condutores (CFC). Depois, Boldrini voltou ao presídio.
Leandro Boldrini, Cirurgião geral, obteve a autorização judicial para realizar prova de seleção para residência médica, que ocorreu no dia 19, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Procurado, a defesa de Leandro Boldrini não quis comentar sobre o motivo de o médico se inscrever para a residência médica, e alegou “se tratar de questão pessoal” do seu cliente.
Caso Leandro volte a trabalhar, poderá deixar a penitenciária durante o dia devendo apenas dormir na casa prisional.